miércoles, abril 08, 2009
Eu na arte! Num tô tão perdida...

Mais um post diarinho!

Ontem no Macunaíma aconteceu um bate-papo com dois grandes atores: Sandra Corveloni e Dalton Vigh, isso faz parte da comemoração dos 35 anos da escola de teatro.

Que falar destes dois atores? Incríveis, falaram abertamente das experiências deles, sem glamour ou arrogância. Falaram do “Eu na arte”, que estamos já cansados de ouvir essa frase no Macunaíma, afinal é o tema da mostra deste Semestre.

Esse questionamento do “Eu na arte” e outros fatos que aconteceram este ano, me fizeram ficar meio que constantemente conversando com meu “eu-lírico”. Até porque num momento me senti questionada se eu interpretava uma pessoa que gosta de artes, design, comunicação e inquieta em pesquisar novas músicas e expressões.

Nas primeiras aulas de montagem, tivemos que criar um monologo que mostrasse essa questão: “Eu na Arte”. CRISE! E foi forte, uma pelo questionamento que já comentei; e outra porque não conseguia lembrar de um fato que me fez ter contato com a arte, explico: praticamente todos tinham um “trauma pessoal” que os levou ao teatro como um ato de descoberta. Eu não tinha! Não conseguia lembrar do primeiro contato. Que fiz? Iniciei uma pesquisa pessoal, liguei para mamis, conversei com pessoas que me conhecem há muito tempo – tipo professores de longa data. Unânime: todos falaram que nasci assim, que desde pequena tenho a veia que me leva para as artes e a comunicação. Papis lembrou da primeira peça q escrevi, dirigi e atuei, tudo em parceria com meu irmão Ricardo e de meus dois primos a Arlette e o Edgard. Era sobre dois caras que se achavam Colombo e iam convencer a Rainha a apoiar um ou outro na expedição, chamava: Os Coloco; detalhe eu tinha 5 ou 6 anos na época! Fizemos até cartaz pra divulgar lá na Vila que cresci! Mamis e Papis sempre falaram que eu só ficava quieta desenhando, isso acontece até hoje. Professores lembraram da minha ansiedade de comunicar coisas no colégio ajudando a fundar o jornal da escola e escrevendo principalmente sobre arte, musica, teatro e afins.

Mamis disse uma coisa, que uma amiga que psicóloga uma vez também me disse, quando ela viu meus trabalhos na entrevista que fez comigo: Você é muito humana, dá pra perceber isso no seu trabalho. Obvio, pra mim é um puta elogio, afinal preso pelo sentimento, observação da humanidade, emoções e isso leva a uma pessoa ser mais humanista.

E ontem escutando estes dois grandes atores, Sandra e Dalton, escutei deles isso. Escutei que a necessidade de comunicar a inquietude de observar as pessoas é uma coisa forte em que busca ser ator, ou não apenas ser ator, mas busca esta área da comunicação e artes. Essa inquietude humana, humanista, leva a essa escolha por esta área tão fascinante.

Dalton disse uma frase que eu me vi muito nela: Uma das coisas fascinante do nosso trabalho é poder e ter que observar as pessoas, as vezes acho que vou acabar como psicanalista, de tanto que observo. Não foi exatamente essas as palavras, mas a idéia foi essa. E eu me pego nisso, no observar a humanidade, obvio que não sou Jung, Freud, Durkein ou Nietzsche, mas o fato de observar e perceber o ser humano, as pessoas, as emoções é algo que faz parte de mim e do meu trabalho seja na criação nas artes visuais, nas artes teatrais ou na escrita.

Fato é que agora sei de verdade algo que todos que em conhecem bem, que me viram crescer ou me conhecem há pouco tempo embora bem, já me diziam sou uma pessoa humana por isso a necessidade das artes e comunicações na minha vida. Não interpreto uma pessoa que gosta disso, sou isso, mas nada de cult bicho grilo, porque gosto de me arrumar!rs

Besitos Soeil!



Momento Eu-lírico
Conseguir enxerga isso, processo que venho fazendo desde Janeiro deste ano, é algo absolutamente incrível! Primeiro porque a dúvida de carreira foi embora, só quero me complementar e aprender cada vez mais sobre comunicar! Ou seja, Jornalismo voltarei...ali vou eu! Rs... E percebi que não criei um personagem, sou eu, eu preciso da arte e da comunicação. Sou Humana como já disse minha mamis, a Sandra e minha prima Macarena.